Todos os dias eu via
A mulher sentada, vazia,
Num cruzamento: agonia.
Com um filho no colo,
De quem passava pedia.
Amamentava e pedia.
Tinha dois outros,
Com quem brigava e pedia.
Os filhos inquietos corriam,
Brincavam na rua e pediam,
Mas, de perto da mãe, não saíam.
Que paradoxo eu via:
Uma plenitude vazia,
Os filhos dali não saíam.
Nagibe Jorge
Fort, 03.08.2005
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