Pedra bruta pedra
Dura, rouca e mouca
Pedra dura
Áspera pedra bruta
Muda e mouca
Pedra bruta e dura
Saiu de ti Vênus de Milo:
Tu danças, pedra louca!
Veio de ti a Vitória de Samotrácia:
Tu cantas, pobre pedra mouca!
És bruta pedra,
Forte, bela, muda e louca
Ainda pedra
Ainda bela
Canta e dança, pedra!
Mas não me machuca dura
Quando eu te abraçar fria.
Nagibe de Melo Jorge Neto
Recife, 23.IX.2009
Nas horas vagas nada; em todas as horas, poeta de mancheia!
ResponderExcluirChico Eliton, que alegria tê-lo aqui! Mais ainda por saber-lhe leitor desses poemas!
ResponderExcluirUm forte abraço,
Nagibe
Já os li todos. Todos, sem exceção, são primorosos! Os amantes a arte esperam pelos próximo, que decerto virão em profusão. Poesia com refinada estética e sensível temática.
ResponderExcluirChico, ter amigos generosos é uma dádiva!
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