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domingo, 11 de novembro de 2012

Caminhos de Silêncios


Esses caminhos
Entrecortados de silêncios
Me preenchem de sussurros

A voz das ondas
Canta ao longe
E o silvo do vento nos coqueirais
Responde alguma indistinta coisa
Sobre a minha cabeça

Não sei onde esses caminhos me levam
De repente,
Percebo-me tão distante de mim mesmo
E da vida que me espera
Que não desejo mais voltar

O grito alegre de um menino me chama
Corro atrás da criança que fui um dia
Mas os meus filhos fogem
Pelo gramado verdejante do tempo

Um dia será tudo outra vez silêncio
E o vento a falar, ao longe,
Nos meus ouvidos pelosos.

Aracaju, 13.XI.2010
Nagibe de Melo Jorge Neto

Um comentário:

  1. Muito lindo! Quem nunca se percebeu assim tão distante de si mesmo ou sente saudades de uma infância tão doce e inocente!
    Parabéns!!

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