Viver não é preciso.
É visceral navegar e amar,
O agitado mar da vida desbravar.
E quando a morte chegar,
Numa enorme vaga escondida,
Que jubiloso será
Perecer n’alto mar,
Entre as vagas bravias,
No maravilhoso explorar.
Afaste-se de nós, portanto,
Todo porto seguro,
Todo temor do escuro.
Pois tu já não sabes
Quão impreciso é viver?
Qualquer recurso de guia
A nau da vida não nos dá
Astrolábios, mapas, uma só melodia.
Por isso, amigo,
Não calcula, não faz planos.
Antes te deixa levar
Pelo balanço do mar
Pois jamais saberás
Quando e aonde chegar.
Volta-te para as estrelas
Em tu’alma escondidas
Elas que mudam de lugar
Que são tão coloridas,
Por vezes impossíveis de achar,
Com sua dança imprecisa,
São que te podem guiar.
Nagibe Jorge
Recebi de minha esposa o seu novo livro. Como poeta e professor não poderia me eximir de um juízo crítico sincero. Sua poesia, principalmente, a do livro O AMOR A VIDA E OS DIAS, encanta por um olhar inequívoco sobre o outro, um olhar social sem engajamento, sem bandeiras complicadas ou politicismos. Um olhar sobre a vida e os dias que passam. Ainda falta atingir o Sublime, com a palavra certa e universal, mas isso vem com os próximos livros. Gostei muito de lê-lo. Parabéns! (Prof. Dr. Vicente Jr/UFPB/UVA.)
ResponderExcluirCaro Vicente,
ExcluirBom saber que você gostou do livro! Fico muito feliz! Obrigado pela crítica e pelo incentivo! Gostaria de ver suas poesias, onde posso encontrá-las? Quanto ao sublime, como você sabe, é difícil atingi-lo... Mas vamos por aqui pelejando... :-).
Tenho uma página no Facebook: Nagibe Jorge. Convido-o a curti-la e acompanhá-la. Você também pode enviar mensagens. Vamos trocando idéias.
Um forte abraço,
Nagibe